Beleza tem padrão?

Beleza tem padrão?

Hoje, não apenas é formado pela mídia, como também pelas necessidades de mercado, influenciando nossos comportamentos e noções de gosto. Veja alguns exemplos dos diferentes padrões de beleza ao longo da história. Mesmo antes de ter esse nome, os padrões de beleza sempre existiram ao longo da história e vestido de festa plus size se modificaram com o passar do tempo. Podemos observar isso, por exemplo, ao reparar como eram roupas, penteados e maquiagens mais usados em uma determinada época. Na década de 1970, por exemplo, o padrão de beleza brasileiro para as mulheres seria uma Sônia Braga, com coxas destacadas e curvilíneas.

Nesse sentido, 66% dos entrevistados já passaram por esse tipo de situação. Em resposta ao body shaming, o movimento Body Positivity defende que todo indivíduo tem o direito de ter uma imagem positiva sobre o próprio corpo, independentemente dos padrões de beleza vigentes. Para uma pessoa ser considerada bonita, ela deveria ser alta e ter a menor porcentagem de gordura corporal possível, músculos definidos e lábios grossos. A pele deveria ser bronzeada e não ter sinais que revelassem a idade, como manchas, rugas e cicatrizes.

É possível viver fora dos padrões de beleza

A popularização de um estilo de vida dito ‘saudável’ e o mundo perfeito das influenciadoras forjou ainda mais a ideia de que o padrão de beleza pode ser alcançado. Transformações drásticas acabam se tornando comuns para homens e mulheres, e o corpo se torna um objeto para a apreciação coletiva, ao invés de um método para expressão de sentimentos e identidades. Ana pontua que as redes sociais e a mídia em geral ajudam a propagar essa idealização dos corpos.

O Brasil quer paz

É com autoconhecimento e fontes de informação confiáveis que você vai aprender a lidar com a pressão estética dos padrões de beleza. Para te ajudar nessa jornada, a Pós PUCPR Digital criou o curso Saúde Mental e Desenvolvimento Humano. É um preconceito a um determinado tipo físico, tido como anormal por não estar de acordo com parâmetros estéticos.

O que o padrão de beleza pode gerar?

As cirurgias plásticas servem para alcançar um padrão de beleza?

Gabriella, que tem 27 anos, se submeteu a uma cirurgia bariátrica e, após o procedimento, emagreceu 60 kg – antes, ela pesava 125 kg. “Eu emagreci, sim, por saúde, mas também sempre busquei esse padrão estético”, diz a influenciadora. “Só que, aí, quando eu achei que tinha chegado nesse padrão, simplesmente percebi que eu nunca ia atingi-lo. Porque as pessoas falavam ‘ah, emagreceu, mas está flácida’, ‘emagreceu, mas tem estria’.

Há quem recorra a procedimentos estéticos e intervenções cirúrgicas para tentar corrigir a suposta imperfeição, o que não garante que o sofrimento vai passar. A cobrança interna e externa pelo corpo perfeito é chamada de pressão estética, que impacta em especial as mulheres. Em meados do século 50, havia uma forte influência do cinema norte-americano para ditar padrões. Um exemplo foi Marilyn Monroe, com seu corpo magro, mas repleto de volumes. Os seios e quadris largos, com cintura bem marcada formavam o imaginário de padrão vigente. Esse padrão de beleza ideal é formado pela ideia de belo – que pode mudar a todo momento.

– Na Grécia antiga, um homem era considerado bonito ou kaloskagathos se tivesse um corpo harmonioso, proporcional e simétrico, como se destaca em “O Discóbolo” (lançador de discos), famosa escultura de Miron de Eléutereas. Você deve se lembrar, por exemplo, do auge da carreira da Xuxa, quando todas as mulheres queriam ser loiras. Ou, então, talvez você se lembre ou tenha ouvido falar da febre da novela “Gabriela”, exibida em 1975, que consagrou Sônia Braga como símbolo de beleza brasileira. Em 2013, uma equipe de reportagem do programa Fantástico, transmitido pela Rede Globo, foi às ruas do país para tentar descobrir qual tipo de corpo é o preferido entre a população brasileira. No vídeo abaixo, produzido pelo Buzzfeed, você pode perceber de uma forma dinâmica e muito interessante essa transformação dos padrões de beleza ao longo do tempo.

A forma mais óbvia de pressão estética é o body shaming, expressão em inglês para se referir a agressões verbais relacionadas à aparência física de uma pessoa. Falando especificamente de padrões de beleza impostos na sociedade, o racismo estético se manifesta na negação ou em ataques a traços físicos de pessoas negras, como o formato do nariz e da boca, a estrutura capa de sofá impermeável óssea e os cabelos. Também chamada de transtorno dismórfico corporal (TDC), a dismorfia corporal se caracteriza pela preocupação exagerada com algum defeito imaginário na aparência física. Estima-se que atinja mais de 4 milhões de brasileiros, com igual proporção entre homens e mulheres. A imposição de um padrão de beleza coloca em risco a saúde das pessoas.

O caráter do indivíduo passa a ser definido pelo tamanho do seu corpo, o que acaba prejudicando sua saúde mental. Os transtornos alimentares englobam todo comportamento disfuncional relacionado à comida. Além da pressão estética, o bullying e outros traumas de infância podem desencadeá-los. A imposição da magreza excessiva foi marcada pela modelo britânica Twiggy. Ela foi considerada a primeira top model do mundo e inaugurou a ideia do corpo magérrimo.


Publicado

em

por

Tags: